Em um dos momentos mais solenes e simbólicos da Igreja Católica, teve início nesta quarta-feira (7) o conclave que escolherá o novo papa. A cerimônia começou por volta das 17h45 no horário local (12h45 em Brasília), dentro da Capela Sistina, marcando o início de um processo envolto em tradição, sigilo e rituais centenários.
Os 133 cardeais com direito a voto foram oficialmente isolados do mundo externo após a proclamação do “extra omnes” — o chamado que determina a retirada de todas as pessoas não autorizadas. A partir desse momento, apenas os eleitores permanecem no local sagrado.
Antes do início das votações, os cardeais cantaram o hino “Veni Creator Spiritus”, invocando o Espírito Santo, e prestaram um juramento de confidencialidade, comprometendo-se a nunca revelar detalhes da eleição papal.
Para garantir o sigilo absoluto, o Vaticano adotou medidas rigorosas de segurança. O acesso à comunicação foi cortado ainda antes do início oficial do conclave — o sinal de celular foi desativado por volta das 15h (10h de Brasília), e bloqueadores de frequência foram ativados em torno da Capela Sistina.
O conclave poderá durar vários dias. Durante esse período, os cardeais ficam hospedados em residências dentro do Vaticano e estão proibidos de manter qualquer contato com o exterior. As votações ocorrerão até que um dos candidatos alcance a maioria qualificada de dois terços dos votos — exigência para que um novo papa seja eleito.
Um dos elementos mais esperados por fiéis ao redor do mundo é o tradicional sinal da fumaça que sai da chaminé instalada no teto da Capela Sistina. A fumaça preta indica que ainda não houve consenso; a fumaça branca, que um novo pontífice foi escolhido.
O mundo aguarda agora, em expectativa e silêncio, a definição do novo líder da Igreja Católica.